Добавил:
Upload Опубликованный материал нарушает ваши авторские права? Сообщите нам.
Вуз: Предмет: Файл:

Posobie_po_referirovaniyu_na_fr_yaz

.pdf
Скачиваний:
612
Добавлен:
28.03.2016
Размер:
9.18 Mб
Скачать

A P P E N D I C E

Avec ainsi au sens consecutif, I’ordre des mots est plutot direct, [’inversion du sujet etant consideree comme facultative.

B e a u c o u p d e je u n e s q u it t e n t le v i ll a g e ; a in s i le s t r a d it io n s se p e r d e n t e t d e v ie n - n e n t d u f o lk lo r e .

3. Or exprime le plus souvent I’opposition, introduisant un argument contraire ou une objection (= но, однако, а ведь).

O n c o m p ta it b e a u c o u p s u r lu i, o r i l a e u u n e m p e c h e m e n t a u d e r n ie r m o m e n t. N o u s tra v e rs o n s u n e p e rio d e d e f r o id e x c e p tio n n e lle ; ш ; n o u s s o m m e s e n ju in .

Or peut egalement souligner une etape d’un raisonnement. II introduit la premisse mineure d’un syllogisme (= a, ou ne se traduit pas du tout en russe). Dans ce cas, on emploie done dans la proposition suivante.

T o u s le s h o m m e s s o n t m o r t e ls ; o r S o c ra te e s t u n h o m m e , d o n e S o c ra te e st m o r te l.

Or peut marquer un moment particulier d’une duree dans un recit (= и вот,

но вот).

« E lle p le u r a it p e n d a n t d e s jo u r s e n tie rs (...) O r, u n s o ir, s o n m a r i re n tr a , l ’a ir g lo r ie u x » (M a u p a s s a n t) .

Or s’emploie toujours en tete de proposition.

4. Soit marque une explication (= то есть, а именно).

I l a

p e r d u u n e

f o r t e s o m m e , s o it u n m

illio n [syn. e ’ e s t - a - d i r e ] .

1 ,2

m illio n d e

p a r tic u lie r s e m p lo ie n t

u n e fe m m e d e m e n a g e , s o it 5 % d e s m e n a -

g e s, u n e p r o p o r t io n s ta b le d e p u is d ix a n s .

Soit...

e ..

Sort...

soit (toujours repete deux fois)

. X ou (bien)

1

*

*

r

= или... или, либо... либо

J

 

 

S o it l ’a m i, s o it

l ’e n n e m i p e u v e n t e tre u tile s .

 

«

S o it le

p a p e ,

s o it V e n is e

m e t t r a it

(...)

la m a in s u r R im in i »

( M o n th e r la n t) .

«

M a is ,

s o it la

p o e s ie , s o it

1’ir o n ie ,

(...)

o n t a lo rs t o u t sa u v e

» ( C lo u a r d ) .

S o it fa ib le s s e o u b o n te .

Soit que ... soit que (ou que), suivi d’un verbe au Subjonctif, introduit des subordonnees de cause (= то л и потому, что..., то л и потому, что).

S o it q u ’i l a it e te im p r u d e n t , s o it q u ’o n l ’a it m a l in fo r m e , i l e st to m b e d a n s le p ie g e .

Autres valeurs de soit: •Hypothese ou supposition :

2 3 3

A P P E N D I C E

S o it u n t r ia n g le e q u ila t e r a l А , В , С ( = д а н р а в н о с т о р о н н и й т р е у г о л ь н и к

A B C ) .

•Affirmation [swat] (= ладно, хорошо, пусть так) :

T u le v e u x ? S o i t ! P o u r v u q u e t u n e le r e g r e t t e s !

5. Comme, avec une valeur comparative affaiblie, peut marquer une simple addi­ tion.

I l a re u s s i t o u t c o m m e

s o n

f r e r e ( = к а к и е г о б р а т ) .

J ’o u b lie r a i c e la c o m m e le re s te [syn . a in s i q u e ] .

S u r la t e r r e c o m m e a u

c ie l

( = к а к н а н е б е , т а к и н а з е м л е ) .

Si comme garde la valeur comparative, le verbe de la proposition est au singulier:

P ie r r e , t o u t c o m m e s o n f r e r e a im a it la s o lit u d e .

Mais le verbe est au pluriel si comme marque une simple addition (il equivaut alors a et) :

L e c h ie n c o m m e le c h a t s o n t m a m m ife r e s .

Attention !

Ne confondez pas les valeurs differentes de comme :

•Comparaison :

E lle e s t b a v a r d e c o m m e u n e p ie ( = к а к ) .

I l e t a it t r is t e c o m m e s ' i l a v a it p e r d u u n a m i ( = к а к б у д т о ) .

•Exemple :

L e s a n im a u x d o m e s t iq u e s , c o m m e le c h ie n , le c h a t, le c h e v a l,

v iv e n t a u p r e s d e I ’h o m m e d e p u is L a u b e d e s te m p s ( = т а к и е , к а к ) .

•Cause:

C o m m e i l e s t d e ja ta r d , i l f a u t r e n t r e r ( = т а к к а к ) .

•Temps:

S o n p e r e e t sa m e r e s o n t m o r t s c o m m e i l e t a it t o u t je u n e ( = к о г д а ) .

•Exclamation :

C o m m e e lle e s t b e lle ! ( = к а к ) .

•Attribution, qualite :

J e l ’a i c h o is ie c o m m e s e c r e ta ir e . I l t r a v a ille c o m m e r e d a c t e u r ( = в к а ч е с т в е , к а к ) .

6.Parce que, comme, puisque, car

Parce que introduit une cause inconnue de I’interlocuteur (= потому что).

P ie r r e n ’e s t p a s v e n u p a r c e q u ’i l e s t m a la d e .

2 3 4

§ 2 . C O N N E C T E U R S L O G I Q U E S : Q U E L Q U E S CAS D I F F I C I L E S

C’est la seule conjonction qui serve de reponse a la question « pourquoi ? »

— P o u r q u o i n ’e s t - il p a s v e n u ? — P a rc e q u ’i l e s t m a la d e .

Employe isolement, parce que signifie le refus de repondre :

— P o u r q u o i t u n e v e u x p a s lu i p a r le r ? — P a rc e q u e .

Generalement, la subordonnee commencee par parce que suit la principale, a moins qu’elle soit mise en relief, avec ou sans le tour c ’e s t ... q u e.

C ’e s t p a rc e q u ’ i l e s t m a la d e , q u e P ie r r e n ’e s t p a s v e n u .

P a rc e q u e la g e n d a r m e r ie i n t e r n a t i o n a l d a n s le s B a lk a n s a c c o u c h e d ’u n e g u e r r e

q u i

n e re s s e m b le a a u c u n e a u tr e

; p a rc e q u e c e tte g u e r r e m e n e e , d e n o t r e

c o te ,

p a r

d e s

a rm e e s d e m e t ie r n e s o u le v e

p a s , c h e z n o u s , d e s s e n tim e n ts b e lliq u e u x

m a is

p lu -

t o t d e c o m p a s s io n p o u r u n e p o u v a n ta b le e x o d e ; p a rc e q u ’i l n e s ’a g it p a s p o u r l ’ E u - ro p e c o m m u n a u ta ir e d e r e p o n d r e a u n e m e n a c e d ir e c te , m a is d ’a f f ir m e r u n p r in c ip e d e m o c r a tiq u e s u r n o t r e c o n t i n e n t ; p o u r to u te s ces r a is o n s , le c o n f lit d u K o s o v o e st in c la s s a b le (Le P o in t).

Comme s’emploie si Гоп veut mettre I’accent sur la cause, le plus souvent, connue de tous ou, du moins, de Pinterlocuteur (== так как). La subordonnee introduite par comme precede toujours la principale.

C o m m e

c ’e s t le l er m a i a u jo u r d ’h u i, to u te s le s b a n q u e s s o n t fe rm e e s .

C o m m e

je n ’e ta is p a s s u r d e p o u v o ir m e lib e r e r , j ’a i d e c lin e l ’in v it a t io n .

Puisque presente une cause evidente pour le locuteur:

Je n e p o u v a is p a s у a lle r p u is q u e je n ’a v a is p a s e te in v it e ;

ou connue de Pinterlocuteur:

II e s t n o r m a l q u e t u v o te s p u is q u e t u es m a je u r ( = поскольку).

Se referant a une cause connue, puisque peut introduire une justification :

C ’e st v r a i, p u is q u e ie le d is ( = ведь).

Cette conjonction sert aussi a introduire, en tant que cause, un fait deja evoque :

E h b ie n , p u is q u e v o u s le v o u le z , je c e d e la p la c e ( = поскольку, раз).

La construction puisque ... pourquoi? presente un etat de choses qui ne corres­ pond pas a Pevidence. Le rapport causal est mis en doute.

P u is q u e t u m e m e p r is e s ,

p o u r q u o i e s - tu r e v e n u ? ( = раз).

P o u r q u o i d e m a n d e - t - o n

a u x g e n s s’ ils s o n t a m o u r e u x , p u is q u e c e la se v o it t o u ­

jo u r s ? ( = ведь).

 

Car, en difference de parce que, comme et puisque, est une conjonction de coordi­ nation. Car introduit une raison expliquant ce qui precede. Ce mot est plus abstrait et il appartient plutot a Pecrit. Employe dans une phrase complexe, car n’est jamais pla­ ce en tete de phrase, mais introduit toujours la deuxieme proposition coordonnee.

2 3 5

A P P E N D I C E

I l a f a llu a n n u le r l ’e x c u r s io n c a r

i l

p le u v a it a v e rs e

( = так как).

( C f . : C o m m e i l p le u v a it a v e rs e ,

i l

a f a llu a n n u le r

l ’e x c u r s io n ) .

Place en tete de phrase (et meme en tete de paragraphe), car exprime la cause du fait enonce dans les phrases precedentes (= ибо).

C ’e s t s u r t o u t

la m e re q u i

p e u t e tre a m e n e e ,

e n

ca s d e

d e s o b e is s a n c e ,

a s a n c tio n -

n e r o u a d o n n e r

u n e g if le . M a is

s i l ’e n fa n t

e st

v r a im e n t

in s u p p o r t a b le ,

e lle m e n a c e

d e le r a c o n te r

a u p e re .

 

 

 

 

 

 

 

C a r c ’e s t d

’a b o r d le p e re ,

p lu s

d is t a n t e t

m o in s

p re s e n t, q u i re p re s e n te l ’a u to r ite .

Dans certains contextes parce que, car, puisque sont syntaxiquement et semantiquement possibles, tout en apportant des nuances de sens differentes.

I I n e m ’a p a s s a lu e

parce que (informe de la cause du fait)

 

car (explique la raison du fait)

i l n e m ’a im e p a s .

puisque (explique le fait partant d’une

 

cause evidente ou deja evoquee)

 

Dans d’autres cas le choix est limite, voire impossible.

II n e m ’a im e p a s c a r ( p u is q u e ') i l n e m ’a p a s s a lu e ( = ведь).

Car et puisque expriment ici non pas la cause du fait, mais la raison sur laquelle est basee la conclusion «■ il ne m’aime pas ». Parce que est impossible dans ce contexte.

D e m o n t r e - m o i ce th e o r e m e , p u is q u e t u es s i f o r t ! ( = ведь).

La proposition causale suppose que I’interlocuteur s’est vante auparavant; puis­ que sert done a evoquer ses paroles.

Car et puisque, introduisant une justification incontestable et unique, ne peuvent jamais etre repete ; on les remplace alors par parce que. La phrase :*// faut I’aider car il est petit et car il estfaible est impossible en frangais. On dira : II faut I’aider parce qu’il est petit et (parce) qu’il estfaible.

De meme, car et puisque ne peuvent etre accompagne d’adverbes susceptibles de les mettre en valeur (surtout, principalement, justement, precisement, tour presentatif c’est... que) ou exprimant I’incertitude {peut-etre, sans doute, probablement, etc.). Seul parce que peut etre employe dans ces conditions.

I l f a u t l ’a id e r s u r t o u t p a rc e q u ’i l e s t fa ib le .

C ’e s t p a rc e q u ’i l e s t fa ib le q u ’i l f a u t l ’a id e r.

I I f a u t 1’a id e r, p e u t - e tr e . p a rc e q u ’i l e s t fa ib le .

7. Ne confondez pas ces locutions qui remontenttoutes a lors, forme ancienne de alors:

•des lors = следовательно :

L a c a m p a g n e d e R u s s ie f u t u n d e s a s tre . D e s lo r s , l ’ E u r o p e e n tie r e se d re s s a c o n tre

N a p o le o n .

2 3 6

§ 2 . C O N N E C T E U R S L O G I Q U E S : Q U E L Q U E S CAS D I F F I C I L E S

•des lors que = так как, поскольку :

D e s lo r s q u ’i l a v o u e sa fa u te , e lle lu i s e ra p a rd o n n e e .

•lors meme que (litter.) = даже если :

L o r s m e m e q u e

v o u s

m e

m o n t r e r ie z c e tte

le t t r e ,

je

n e p o u r r a is p a s c r o ir e a sa

c u lp a b ilite . = Д а ж е

е с л и

б ы

в ы п о к а з а л и м н е

э т о п

и с

ь м о ...

•lorsque = когда :

J’ a lla is sortir, lorsque vous m’avez telephone.

•lors de + nom = во время :

Lors de son manage il s ’est passe un incident facheux.

8.

En effet e t en fait.

 

 

 

En effet s ’ e m p lo ie

p o u r c o n f ir m e r ce q u i

e s t d it , in t r o d u ir e

u n a r g u m e n t, u n e

e x p li­

c a t io n ,

u n e x e m p le

(=

действительно, в самом деле).

 

 

J u s q u ’a u X V

I е s ie c le , le la t in e ta it, e n

F ra n c e , la la n g u e

o f f ic ie lle d a n s le s

a c te s

a d m in is t r a t if s ; e n e f f e t . ce n ’e s t q u ’a p a r t ir d e 1 5 3 9 q u e le r o i d e c id a q u e le fr a n g a is

s e ra it la

la n g u e o f f ic ie lle .

 

 

 

 

 

I n t r o d u is a n t [’ e x p lic a t io n

o u la c a u s e

d u

f a it e n o n c e p r e c e d e m m e n t, en effet s e

r a p p r o c h e

d e car.

 

 

 

 

 

 

C e t

o rc h e s tre

m e p la it

b e a u c o u p ;

e n

e f f e t . i l in te r p r e t e

M o z a r t d ’u n e

m a n ie re

a d m ir a b le [ c a r i l

in te r p r e te ... ] .

 

 

 

 

N o u s n e fa is o n s p lu s d e c a lc u ls f a s t id ie u x ; e n e ff e t . le s o r d in a t e u r s s ’e n c h a r g e n t

a n o t r e p la c e .

 

 

 

 

 

 

En fait. C e tte lo c u t io n a d v e r b ia le p e u t in t r o d u ir e u n e id e e

q u i s ’ o p p o s e

a ce q u i

p r e c e d e (=

а в действительности, а фактически, на деле).

 

 

O n p r e v o y a it

e n v ir o n d ix m ille fr a n c s

d e r e p a r a tio n s ; e n

f a it , i l у e n a

e u p o u r

p re s d e

v in g t m ille .

 

 

 

 

 

Attention!

N e p a s c o n f o n d r e en fait e t en effet. C o m p a re z c e s d e u x p h r a s e s :

A u b u r e a u , o n m e c r o y a it s o u f f r a n t e ; e n f a i t , j ’a i p r is u n e s e m a in e

d e v a c a n c e s

p o u r

r e g le r m e s a ffa ir e s p e rs o n n e lle s . —

id e e d ’ o p p o s it io n

( = а н а с а м о м д е л е , н о в д е й с т в и т е л ь н о с т и ) .

 

A u b u r e a u , o n

m e c r o y a it s o u f f r a n t e

; e n

e f f e t . j ’a i

e u u n e p e tite g r i p ­

p e . — id e e d e

c o n f ir m a t io n , d ’ e x p lic a t io n

( =

и д е й с т в и т е л ь н о , и в с а м о м

д е л е ).

 

 

 

 

 

§3 . PERIPH RA SES

l. Vilies, regions, pays

La capitate des Gaules —Lyon La cite des Doges —Venise La cite des Papes —Avignon La cite interdite —Pekin

La cite phoceenne —Marseille La Venise du Nord —Amsterdam La Ville eternelle —Rome

La Ville rose —Toulouse La Ville sainte —Jerusalem La Ville lumiere —Paris

L’empire du Milieu / Le Celeste Empire —la Chine L’Tle de Beaute —la Corse

La fille aTnee de I’Eglise —la France La Perfide Albion —I’Angleterre

La terre des dieux —la Grece

La terre des pharaons —I’Egypte La Terre promise —Israel

La Terre sainte —la Palestine

Le pays aux mille lacs —la Finlande L’empire du Soleil-Levant —le Japon Le toit du monde —[’Himalaya

Le ventre mou de I’Europe —les Balkans La grande Bleue —la Mediterranee

La mer de Glace —le grand glacier des Alpes franqaises La Sublime Porte —la Turquie

Le Nouveau monde —I’Amerique Le Vieux monde —I’Europe

2. Hommes et femmes celebres

L’empereur a la barbe fleurie —Charlemagne La pucelle d’Orleans —Jeanne d’Arc

Le Roi-Soleil —Louis XIV

Le maire de Bordeaux —Montaigne L’Ami du peuple —Marat L’lncorruptible —Robespierre

Le Petit Caporal —Napoleon Bonaparte Le pere du cinema —Louis Lumiere

Le Pere de la Victoire —Clemenceau L’elephant de la Republique —E. Herriot L’homme du 18 juin —le general De Gaule

2 3 8

§ 3 . P E R I P H R A S E S

Le petit pere des peuples — Staline

Le grand timonier—Mao-Tse-Toung

3. Histoire

L’Armee des ombres —la Resistance pendant la Seconde Guerre mondiale La Belle Ёрояие —les annees 1900

Les deux grands —les £tats-Unis et Гех-URSS

La drole de guerre —la guerre de 1939-1940 en France La Grande Guerre —la guerre de 1914-1918

Les Grands —les grandes puissances Le Grand Siecle —le XVIIе siecle frangais Le Siecle d’or —le XVIе siecle espagnol

Le siecle des Lumieres —le XVIIIе siecle frangais

Les trente glorieuses —la forte croissance economique entre 1945 et 1975 Les Trois Glorieuses —27-28-29 juillet 1830

4. Religion

Le Divin MaTtre / L^ternel / Le Tres-Haut / L^tre Supreme / Le Pere Eternel / le Tout-puissant —Dieu

Le Bon Pasteur / le Redempteur / Le fils de I’Homme / Le fils de Dieu —Jesus La Dame du Ciel / La mere de Dieu —la Vierge Marie

Le prince des apotres —Saint Pierre La cite de Dieu —I’Eglise

Les princes de I’Eglise — les cardinaux, eveques et archeveques Les Saintes ЁспШгеэ / Le texte sacre / Le Livre —la Bible

Le souverain pontife / Le Saint-Pere — le Pape

5. Societe

La fille aTnee des rois de France —I’Universite

La force publique / Les forces de I’ordre —la police La grande muette —I’armee

Le Deuxieme Bureau —les services de renseignement Le grand argentier —le ministre des Finances

Le garde des Sceaux —le ministre de la Justice La premiere dame —la femme du chef de l^tat

L^lysee, le palais de l^lysee —la presidence de la Republique Le Matignon, [’hotel Matignon —les services du Premier ministre Le Palais-Bourbon —I’Assemblee Nationale

Le Palais du Luxembourg —le Senat

Le Quai d’Orsay —le ministere des Affaires etrangeres La place Beauveau —le ministere de I’lnterieur

La rue de Valois —le ministere de la Culture

2 3 9

A P P E N D I C E

Le 36 quai des Orfevres - les bureaux de la police judiciaire Le Palais Brognart —la Bourse

La vielle dame du quai Conti —I’Academie frangaise Le quatrieme pouvoir—la presse

Le septieme art —le cinema Le huitieme art —la television

Le neuvieme art —la bande dessinee

(D’apres : Robert et Nathan. Vocabulaire)

§ 4 . LA MYTHOLOGIE AU QUOTIDIEN

Quantite de noms propres de heros ou de lieux de la mythologie grecque et latine sont entres dans le langage courant sous forme de noms communs.

Amphitryon

Ce roi de Tirynthe etait marie a la tres belle Alcmene. Zeus, tombe amou-

 

reux de la mortelle, dut, pour seduire la fidele epouse, prendre Гарра-

 

rence du mari.

 

Un amphitryon est un hote qui offre a dmer.

Argus

Monstre a la force prodigieuse, Argus possedait une centaine d’yeux re­

 

partis sur tout son corps. Sa vigilance etait redoutable car il ne dormait

 

jamais completement, la moitie de ses yeux restant ouverts.

 

Dans la langue litteraire, un argus designe un surveillant, un espion

 

vigilant et difficile a tromper.

 

Ce nom est aussi celui d’une publication qui fournit des renseignements

 

specialises : L’Argus de Гautomobile.

Beotien

Habitants de la Beotie, les Beotiens etaient connus pour leur lourdeur

 

d’esprit.

 

Un beotien designe dans le langage courant un personnage lourd, peu

 

ouvert aux lettres et aux arts, de goOts grossiers : C’estun beotien.

Cerbere

Cerbere, chien monstrueux a trois tetes et a queue de serpent, etait

 

charge de garder I’entree des Enfers.

 

Un cerbere designe un gardien hargneux et intraitable.

Chimere

La Chimere etait un animal fabuleux avec un corps de chevre, une tete

 

de lion et une queue de dragon. Elle crachait des flammes et devorait

 

sans pitie hommes et troupeaux.

 

Une chimere designe un reve, une utopie, une creation vaine de [’ima­

 

gination : Nourrirdevaines, defolles chimeres.

240

 

§ 4 . L A M Y T H O L O G I E A U Q U O T I D I E N

Dedale

Architecte et inventeurgrec, Dedale congut pour le roi Minos le Labyrin-

 

the afin qu’il put у enfermer le Minotaure.

 

Un dedale est un lieu ou Гоп risque de s’egarer a cause de la complica­

 

tion des detours : un dedale des ruelles.

 

Au sens figure, un dedale evoque un ensemble de choses embrouillees :

 

le dedale administratif.

£gerie

Hercule

La nymphe Ёgёrie fut la conseillere du deuxieme roi de Rome, Numa le Pieux, a qui elle inspira notamment sa legislation religieuse.

Une egerie est le nom que Гоп donne a la conseillere, I’inspiratrice d’un homme politique, d’un artiste.

Hercule pour les Romains, Heracles pour les Grecs, est le heros le plus prestigieux de la mythologie. Ne de I’union de la mortelte Atcmene et de Zeus, il fera preuve des son jeune age d’une force extraordinaire.

Un hercule est un homme de force physique exceptionnelle : C’est un veritable hercule. Une force herculeenne.

Hydre

L’Hydre de Lerne etait un monstre a corps de chien affuble de sept te-

 

tes, dont I’une etait immortelle.

 

On designe sous le terme d’hydre un mal, des troubles qui se renouvel-

 

lent, malgre les remedes qu’on tente de leur opposer, notamment en

 

politique : I’hydre du chdmage.

Janus

Dieu romain du seuil et de la porte, mais aussi dieu des commence­

 

ments, Janus etait represente avec deux visages opposes, symbolisant

 

le don qu’il avait regu de Saturne et qui lui permettait d’avoir la vision

 

du passe comme de I’avenir.

 

Un Janus est une personne qui presente deux aspects tres differents,

 

voire opposes ou qui mene une double vie.

 

Ce terme designe parfois un hypocrite.

Mentor

C’est a lui qu’Ulysse confia la lourde tache de veiller a ses intergts et

 

d’eduquer son fils lorsqu’il partit pourTroie.

 

Un mentor est, dans le langage litteraire, un guide, un conseitter sage

 

et experiment#.

Myrmidon

Les Myrmidons, habitants de Thessalie, etaient a I’origine des fourmis

 

que Zeus aurait transformees en hommes afin qu’ils repeuplent cette

 

terre devastee par une famine.

 

Un myrmidon ou mirmidon est un petit homme chetif, insignifiant, tout

 

le contraire d’un hercule.

 

On designe aussi par ce terme quelqu’un de peu de credit, de ridicule.

Odyssee

L’Odyssee est le titre de Гёрорёе d’Homere qui retrace les diff#ren-

 

tes #tapes du voyage d’Ulysse pour regagner Ithaque apres la fin de la

 

guerre deTroie.

 

Ce mot d#signe un voyage particulierement mouvement#.

2 4 1

 

A P P E N D I C E

Pactole

Pactole est le nom d’un fleuve de Lydie et signifie « fleuve que roule de

 

I’or». Selon la legende, Midas avait regu de Dionysos la faculte de chan­

 

ger en or tout ce qu’il toucherait. Malheureusement, I’eau et la nour-

 

riture n’echappaient pas a cette metamorphose et Midas, condamne

 

a mourir de faim et de soif, implora Dionysos de lui retirer ce don. Ce

 

dernier lui conseilla de se laver dans la source du Pactole qui, de ce

 

jour, se mit a rouler des paillettes d’or dans son cours.

 

Le mot pactole designe aujourd’hui une source de profit: II a trouvS le

 

pactole.

Phenix

Le Phenix etait un oiseau unique qui avait le pouvoir de renaTtre de ses

 

cendres apres s’etre fait bruler lui-meme sur le bucher qu’on appelait

 

« immortalite ».

 

Un phenix est une personne superieure par ses dons, un etre unique en

 

son genre.

Protee

Dieu de la mer, Protee avait le pouvoir de se metamorphoser a volonte

 

pour echapper a ceux qui cherchaient a le questionner.

 

Un protee est une personne qui change sans cesse d’opinions, joue

 

toutes sortes de personnages.

Pygmalion

Ce roi de Chypre avait sculpte une statue dont il tomba fou amoureux. II

 

obtint d’Aphrodite qu’elle donnat la vie a sa creature et il Pepousa.

 

Un pygmalion est une personne qui intervient de fa$on decisive dans

 

I’education ou devolution de quelqu’un qu’il a pris sous sa protection.

Sibylle

Ce nom designait les prophetesses antiques.

 

Une sibylle est une femme qui predit I’avenir.

 

L’adjectif sibyllin sert a qualifier quelque chose dont le sens est cache,

 

quelque chose de mysterieux, d’enigmatique : des paroles sibyllines.

Sirene

Monstres marins, les sirenes etaient representees comme des femmes

 

ailees a queue de poisson. Elies attiraient de leurs chants merveilleux

 

les navires sur les recifs afin de pouvoir devorer les equipages.

 

Une sirene est une femme dotee de dangereux pouvoir de seduction.

 

L’expression ecouter le chant des sirenes signifie « se laisser sedui-

 

re ».

 

Une voix de sirene est une voix enchanteresse.

Titan

Les Titans, au nombre de six, etaient les fils du Ciel, Ouranos et de la

 

Terre, Gaia. De taille gigantesque, ils auraient ete les premiers a regner

 

sur le monde et auraient donne naissance a d’autres divinites.

 

Un titan designe 1’auteur d’un ouvrage, d’une realisation a 1’ampleur

 

demesuree : une ceuvre de titan.

242

Соседние файлы в предмете [НЕСОРТИРОВАННОЕ]